terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

UMA ESQUEMA TEÓRICO PARA REFRESCAR A AULA SOBRE IDENTIDADES,PÓS IDENTIDADES E SEXUALIDADE

‘Eles’ X ‘Elas’:
A Construção de Identidades Sociais


Désirée Motta-Roth

UFSM


Sociedades Contemporâneas> Transformação, Pluralidade, Multiculturalismo em termos de nacionalidade, região, raça, classe social, educação, religião, gênero, etc.


Vida na sociedade contemporânea demanda a capacidade de transitar na diferença e conhecimento para negociar pontos de vista.


Convivência com estereótipos sobre Gênero: ‘homem não chora’, ‘mulher não sabe dirigir’, ‘sexo biológico e gênero social estão sempre associados’.


SEXO = GÊNERO = SEXUALIDADE


SEXO como condição orgânica, biológica com a qual se nasce: feminino, masculino, hermafrodita. Permanência.
GÊNERO como processo social de vir a ser: hétero, homo, bi, trans. Conhecimento aprendido na família, na escola, entre amigos, na vida...
SEXUALIDADE: como desejo orgânico e social. Prática.




Ele é de Marte e Ela é de Vênus?


‘Embora participem de contextos institucionais semelhantes, meninos e meninas têm tarefas e/ou se submetem a cobranças distintas, no que concerne a sua ação social, pois a sociedade exige que homens e mulheres se comportem de acordo com os padrões claros sobre quem são.’ (UFRJ/Rodrigues, 2003:72)


Fatos X Falácias


FATOS: Sexualidade é parte da Identidade

Identidade é o nosso sentido de ‘ser’ e de ‘pertencer’; sofre reinterpretação ao longo do tempo; é construída na interação social; depende de quem, onde, quando (mãeXamigo; amorXmedo).
Presentes: tempo (pequenas coisas) X custo (anel de brilhante)(UERJ/Coelho, 2002) Lógica da sociedade: cuidado X sustento.
Moral: feminino (resguardo) X masculino (liberdade) Versão cultural como fato da vida: Meninas ‘sambadas’. (Berkeley/Bamberg, 2002).



Identidade de gênero como construção


FALÁCIAS: Fragilidade? Coragem? Inteligência?


Sociedade ocidental:
HOMEM deve… convencer a si e ao outro de que: É inteligente, bem sucedido e popular com as mulheres e NÃO É mulher, bebê ou homossexual (Bardinter, 1993 apud Roland, 2003:115).

MULHER deve… convencer de que: É feminina, sedutora e exclusiva e NÃO É velha ou feia.


Construção na mídia > Revistas: discurso pedagógico para a mulher




Construção d’ELES e d’ELAS


Há outras maneiras de se falar/escrever sobre isso? Podemos ou desejamos optar por outras formas?
Durante a interação pela linguagem, nos posicionamos, localizamos nossa sexualidade, subjetividade e do outro e, assim, construímos identidades de gênero reciprocamente, mas de formas diferentes em diferentes contextos e momentos.
Ao nos posicionarmos, assumimos um repertório conceitual, um ponto d evista com imagens, metáforas e conceitos relevantes para aquela prática.


‘Sexualidade’ é um conceito relativo: ‘masculino só pode ser entendido em relação ao que é feminino em uma sociedade específica’. Ex: Relações de poder: Feminismo da diferença. (UFRJ/Rodrigues, 2003:72.
Sujeito Pós-Moderno: Contradição, Mudança, Multiplicidade
Novo homem, Nova mulher: maneiras diferentes de ser feminino e de ser masculino.




Referências

BAMBERG, Michael. (2002) Construindo a masculinidade na adolescência: Posicionamentos e o processo de construção da identidade aos 15 anos. In: L. P. Moita Lopes & L. Cabral Bastos (orgs.), p.149-85.
COELHO, Maria C. (2002). Trocas materiais e construção de identidades de gênero. In: L. P. Moita Lopes & L. Cabral Bastos (orgs.), p.123-33.
MOITA LOPES, Luiz P. (org.) (2003). Discursos de identidades: Discurso como espaço de construção de gênero, sexualidade, raça, idade e profissão na escola e na família. Campinas: Mercado de Letras.
MOITA LOPES, Luiz P. & Liliana C. Bastos (orgs.) (2002). Identidades: Recortes multi e interdisciplinares. Campinas: Mercado de Letras.
RODRIGUES, Renata L. A. (2003). A arte de construir um menino ao contar histórias em família. In: L. P. Moita Lopes (org.), p.67-88.
ROLAND, Beatriz. (2003). A adolescência homoerótica no contexto escolar: uma história de vida. In: L. P. Moita Lopes (org.), p.113-34.

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