domingo, 25 de julho de 2010

Educação e as novas tecnologias

"As novas tecnologias deixaram de se restringir somente ao entretenimento e às redes sociais. Aliar esses novos rumos do mundo tecnológico às áreas do conhecimento é o que propõe o II Colóquio Nacional sobre Hipertexto (Chip).

Pesquisadores e estudantes interessados no uso de novas tecnologias voltadas para a educação vão discutir o tema e apresentar trabalhos nos dias 5 e 6 de agosto na Universidade Federal do Ceará, no Campus do Benfica. As inscrições estão abertas para o público externo que deseja participar do evento. O lema do segundo colóquio traz “Educação a Distância (EaD) em Tela”, o evento é promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística e o Grupo de Pesquisa Hiperged da UFC, em parceria com o Mestrado em Linguística da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

O Colóquio traz para o debate temas atuais e que impulsionam a educação como o letramento através da web, o processo de escrita e leitura pela internet, blogs educacionais, aprendizagem colaborativa em ambiente virtual e educação à distância. Para debater as novas tendências, foram convidados pesquisadores como Marcelo Buzato (Unicamp) e Vera Menezes (UFMG). Inscrições Entre o público-alvo, estarão professores, pesquisadores e estudantes de Comunicação Social, Letras e outros cursos da área de Ciências Humanas, além de alunos de pós-graduação em Linguística Aplicada, Literatura e Pedagogia.

A ficha de inscrição pode ser baixada no blog do colóquio, no endereço (http://coloquiosobrehipertexto.blogspot.com). As taxas de adesão variam de acordo com o nível de graduação (graduandos, pós-graduandos, professores da educação básica e professores universitários). Os valores começam em R$ 30 e vão até R$ 60. A taxa de inscrição deverá ser depositada no Banco do Brasil, na conta poupança 29.810-7 (variação 1), Agência 3653-6, em nome de Julio Hiperged. O comprovante de pagamento de inscrição deverá ser escaneado e enviado junto com a ficha de inscrição para o e-mail coloquiosobrehipertexto@gmail.com. Mais informações através do Twitter do evento (@Chip_UFC), pelo blog, e ou através do e-mail coloquiosobrehipertexto@gmail.com.


SERVIÇO
II Colóquio Nacional sobre Hipertexto Endereço: Av. da Universidade 2995 - Benfica
Taxa de inscrição: de R$ 30 até R$ 60Site: http://coloquiosobrehipertexto.blogspot.com
Telefone: (85) 3366 7624."
Fonte: Jornal O Povo

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Movimentos sociais populares: no balanço da rede

"A Internet é mais comumente vista como um espaço de encontros virtuais, de entretenimento, de pesquisa e como ferramenta de trabalho. No entanto, o ciberespaço se tornou, também, palco para o ativismo e para as lutas sociais em prol de direitos coletivos. Tudo começou em junho de 1999, quando a organização Association pour la Taxation des Transactions pour l’Aide aux Citoyens (Attac) promoveu, em Paris,um encontro internacional para debater alternativas de atuação para movimentos sociais em escala mundial. De lá pra cá, os movimentos sociais populares, mesmo com todas as dificuldades impostas pela exclusão digital, que tem forte relação com a exclusão social, têm se apropriado das mídias digitais e usufruído desse ambiente descentralizado, de alcance global e de custos acessíveis. No bairro Ellery, o site surgiu como uma forma da comunidade continuar a se expressar após o fechamento, pela Anatel, da Rádio Comunitária Mandacarú FM. Os conteúdos priorizam não apenas o extraordinário, mas o cotidiano do bairro e as mobilizações em prol de melhorias. Os moradores são os grandes protagonistas. Dessa forma o site torna-se parte importante no processo de construção de uma auto-imagem positiva, tanto individual, quanto coletivamente. As mobilizações ganham visibilidade e adesão de pessoas de fora do bairro.
Em tempos de ode ao individualismo, são essas experiências importantes que dão conta de que o coletivo ainda move muitas lutas. "

Zoraia Nunes Dutra Ferreira. Graduada em Comunicação Social e mestranda em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará (bolsista Capes-Reuni).

Fonte: Portal O Povo Online

quarta-feira, 14 de julho de 2010

As Redes Sociais e a Aprendizagem

" Esta era que se articula como a da sociedade da informação e do conhecimento a que, mais recentemente, se acrescentou a designação de sociedade da aprendizagem se faz pelos desafios advindos com a presença da Internet e com ela as ferramentas que favorecem a criação de diversas redes sociais. Nesta sociedade o professor não é o único transmissor do saber e é chamado a situar-se nestas novas circunstâncias que, por sinal, são bem mais exigentes.

O aluno também já não é mais o receptáculo que absorve toda e qualquer informação proveniente, quase que exclusivamente, de seu professor. Este aluno precisa também aprender a gerir as informações que lhes são chegadas de modo a transformá-las em seu saber. E a escola que congrega estes dois novos componentes, o professor e o aluno da era da informação, comunicação e conhecimento, precisa ser gerida como uma outra escola, ou seja, como organização, ela tem de ser um sistema aberto, pensante e flexível no tocante a si mesmo e a sociedade a qual se insere.

A escola, no contexto social de hoje, apresenta-se bem diferente da escola de alguns anos atrás. Muitas ferramentas têm sido inseridas como material didático-pedagógico e entre elas está o computador. O computador por si só, não contribui significativamente no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, ele não substitui o professor, não dá aula simplesmente por se tratar de uma ferramenta de aprendizagem. Mas, em se tratando de sistemas, o computador hoje desempenha muitas funções sociais. Não dá mais para imaginar como seria viver sem o uso desta máquina que está presente em todos os setores sociais. E não poderia ser diferente com a escola. O uso do computador, mas precisamente da Internet, é imprescindível para a escola imersa nesse contexto social.

Embora haja total acordo entre os teóricos da atualidade quanto ao uso do computador na educação, bem como toda a tecnologia que lhe acompanha, em especial os softwares educacionais, ressalta-se que eles não substituem o professor. Mesmo possuindo programas bastante didáticos e levando o aprendiz a ser autônomo com relação ao conteúdo que se deseja aprender, ainda assim, ele não substitui o docente.

Porém, a postura, mais especificamente, a função do educador frente às novas tecnologias da informação e comunicação precisa ser reavaliada e resignificada pois para o mesmo, é oportuno que aprenda a administrar e compreender que a massa estudantil já está se apropriando muito cedo dessas tecnologias, os chamados “nativos digitais”.

A Internet, entre tantas outras tecnologias de comunicação atual, está amplamente difundida e favorece sobremaneira a formação das chamadas redes social. Pessoas de todo o mundo estão conectadas em rede através de sites de relacionamento e compartilham as mais variadas informações e os mais diversos interesses. É incrível a capacidade de ligação entre pessoas que a Internet propicia. Indivíduos que nem ao menos pensariam em conhecer-se, ou porque precisariam transpor até mesmo continentes para isso, ou porque não falam o mesmo idioma, mas na rede mundial de computadores existe a facilidade para superar estes e outros obstáculos.

As redes sociais do ciberespaço formadas a partir de sites sociais vem sendo alvo de estudas em todo o mundo, tais como: educadores, antropólogos, psicólogos, sociólogos entre outros. Elas estão cada vez mais presentes no cotidiano dos indivíduos em suas multiformes: por um site bancário, por sites de relacionamento: Google, Facebook Orkut, Twitter, Windows Live Hotmail, ou seja, por um site qualquer, basta ter uma conta de e-mail.

Já é possível se pensar e evidenciar que a participação de um indivíduo em redes sociais do ciberespaço pode ajudá-lo na aquisição do conhecimento de um dado assunto, seja ele qual for, e o quanto o professor pode aproveitar deste fenômeno social, para enriquecer sua prática pedagógica cotidiana. E neste sentido, é importante que os professores conheçam, se apropriem dos seus conceitos e finalidades e dos softwares usados como ferramentas em sua constituição. E ainda que haja interesse por sua topologia, para poder compreender que todo e qualquer indivíduo que faça uso da Internet e que tenha um serviço de e-mail, está por consequência em rede social no ciberespaço. Então professor? Não dá para ficar fora desta rede humana..."

Fonte: Texto de Lúcia Serafim, reproduzido do Blog Algo sobre Vestibular

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Não basta ser jornalista, tem que empreender

by elisa araujo

"Há alguns dias o título Now You Have to Be an Entrepreneur, Too? chamou minha atenção e eu fui ler o post escrito por Ken Kobre, professor de fotojornalismo na San Francisco State University. Ele se perguntava se além de todas as habilidades que um profissional do jornalismo precisa desenvolver era necessário também ser um empreendedor e criar suas próprias oportunidades de negócio. E ainda entender de desenvolvimento de produto, marketing, promoção, vendas etc. A resposta para a pergunta de Kobre é “sim”. O jornalista na internet precisa ter essas outras habilidades (mesmo que ele não seja dono de seu próprio negócio) precisa saber promover seu trabalho, saber como funciona a publicação de conteúdo num site ou blog, qual a viabilidade econômica do veículo.

Uma resposta mais enfática à pergunta de Kobre é a notícia de que o curso de jornalismo da City University of New York (CUNY) lançou um programa de pós graduação de “entrepreneurial journalism”. Vai ensinar sobre tecnologias para jornalismo, modelos de negócios, desenvolvimento de produto, mídia social para a área e tendências como o jornalismo “hyperlocal”. O curso é comandado porJeff Jarvis, blogueiro, analista de mídia e diretor do programa de jornalismo interativo da CUNY."

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Redes sociais ganham espaço na estratégia de marketing

"As redes sociais entraram definitivamente na estratégia de marketing das empresas brasileiras. É o que diz um estudo da Robert Half feito com 139 profissionais da área. Do total, 74% dos gerentes e diretores de marketing usam as redes sociais como ferramenta estratégica. A pesquisa ouviu profissionais da indústria (49%), de serviços (29%), do varejo (9%) e do mercado financeiro (3%).

Somando todos os segmentos, 57% dos entrevistados afirmaram já terem feito ou que pretendem fazer algum tipo de treinamento em mídias sociais. Das atividades elaboradas nestes canais, o monitoramento da marca é a mais adotada pelos profissionais, com 20%. Em segundo está a divulgação de lançamentos (14%), seguido por pesquisa sobre os concorrentes (13%) e criação de perfis para interagir (13%). Empatados com 11% das atividades feitas nas redes sociais estão concursos e o recrutamento de profissionais.

Apesar do investimento de diversas empresas nesta ferramenta, apenas 24% dos entrevistados disseram ter verba fixa para o monitoramento da marca. A maioria deles (45%) destina somente 5% do orçamento de marketing digital para as redes sociais."

(Fonte: Mundo do Marketing)


sábado, 3 de julho de 2010

Comunicação recebe trabalhos e inscreve para seminário

"O Programa de Pós-Graduação em Comunicação (Mestrado) abre inscrições e chamada de trabalhos científicos para o I Seminário Nacional de Comunicação, Cultura e Cidadania.

As inscrições para o evento seguem até 10 de setembro. Já a data limite para envio dos artigos destinados a comunicações orais é 11 de julho.

O seminário, que será realizado entre 22 e 24 de setembro próximo, tem como público-alvo pesquisadores, professores, profissionais e estudantes de pós-graduação e graduação em Comunicação, Artes, Filosofia, História, Educação, Psicologia e Sociologia, dentre outras áreas.

A programação prevê apresentações científicas, conferências, atividades culturais e grupos de trabalho. Estes últimos devem concentrar-se em torno das seguintes áreas: Comunicação e Educação; Comunicação, Movimentos Sociais e Cidadania; Comunicação e Novas Tecnologias; Comunicação e Cultura; e Comunicação Infância e Juventude.

Foram convidados palestrantes de relevância nacional e internacional, para debater a conjuntura atual das relações entre os processos comunicativos e a construção da cidadania e da cultura. O grande objetivo é aprofundar conhecimentos e experiências em torno da Comunicação, da Cultura e da Cidadania, temas geradores do seminário, e fortalecer a produção científica cearense.

As inscrições podem ser feitas através do site do evento (www.sccc.ufc.br), optando-se pelas modalidades autor ou participante. As taxas variam conforme a situação do inscrito. Para profissionais liberais e professores, o valor é de R$ 40,00 (até o dia 22 de agosto) e R$ 60,00 (até 15 de setembro). Estudantes de graduação e pós-graduação pagam R$ 20,00 (até 22 de agosto) e R$ 40,00 (até 15 de setembro).

Os interessados em apresentar comunicações orais, caso tenham seus trabalhos aprovados, deverão efetuar o pagamento da taxa de inscrição somente após a divulgação do aceite, oficializando a inscrição, no máximo, até 15 de agosto.

São esperados, durante os dois dias de evento, cerca de 400 participantes. As normas para envio de trabalhos, o formulário de inscrição e a programação preliminar estão disponíveis no endereço: www.sccc.ufc.br.

Mais informações podem ser obtidas na secretaria do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (Av. da Universidade, 2762 – Benfica), através do e-mail sccc.ufc@gmail.comEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email ou pelos telefones 3366.7711 e 3366.7712."

Fonte: Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFC

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Blogueiros tomam emprego de críticos profissionais; leia trecho

"Se você entender a geração internet, entenderá o futuro. A frase é de Don Tapscott, presidente da nGenera Innovation Network, empresa de pesquisa e consultoria, e autor de "Wikinomics" e "Geração Digital" .

Para ajudar empresários e administradores a decifrar e enfrentar os desafios que surgem com a chegada dos jovens ao mercado de trabalho, Tapscott lança neste mês pela editora Agir o livro "A Hora da Geração Digital".

A obra é baseada em uma pesquisa realizada com cerca de dez mil jovens americanos sobre hábitos e padrões de consumo e relacionamento para fazer um mapeamento sobre como a internet revolucionou as formas de se pensar, interagir, trabalhar e se relacionar.

Tapscott aponta para o fato de a juventude atual querer escolher onde e quando trabalhar, usando a tecnologia para fugir do escritório e do expediente tradicionais e integrando a vida doméstica e social à profissional. Além de preferir um horário flexível e uma remuneração baseada em seu desempenho e valor de mercado (e não no tempo de presença no escritório), ela também não tem medo de rejeitar uma ótima oportunidade de trabalho e cargos promissores por outros que ofereçam um desafio maior, uma oportunidade de viagem ou simplesmente uma mudança.

O Google é citado como exemplo deste novo modelo de empresa ao permitir que os funcionários dediquem 20% de seu tempo a projetos pessoais. Já os blogs, explica o livro, ocupam o espaço dos tradicionais críticos consagrados.

Leia trecho.

*
O impacto das redes sociais nos hábitos de consumo da Geração Internet é imenso e já perceptível. O poder da internet para descentralizar o conhecimento acarretou um profundo deslocamento de poder dos produtores para os consumidores. Os jovens da Geração Internet têm mais acesso a informações sobre produtos e serviços e podem discernir o valor real com mais facilidade do que as gerações anteriores.

Mais do que nunca, as empresas precisam, para competir no mercado, de produtos realmente diferenciados, de um serviço melhor ou de um custo mais baixo, pois as deficiências de valor não podem ser escondidas com tanta facilidade. O valor real é evidenciado como nunca. A influência também está sendo descentralizada à medida que a Geração Internet se manifesta a partir das trincheiras modernas, também conhecidas como blogs.

Blogs e outras mídias geradas por consumidores estão alterando as fontes de poder e de autoridade em nossa sociedade. Algumas dessas fontes têm uma capacidade surpreendente de influência, afastando a balança de poder de fontes mais tradicionais e reconhecidas. As empresas inteligentes entendem esse deslocamento de poder e o adotam.

(...) A revista New York desconsiderou a Rolling Stone em sua lista dos principais influenciadores da indústria fonográfica, mas lá estava Sarah Lewitinn, uma blogueira de 26 anos. Aparentemente, o seu blog tem "mais poder do que qualquer crítico da mídia impressa". Os integrantes da Geração Internet vem pouco uso para o papel do crítico tradicional. Uma recente pesquisa de opinião publicada no Los Angeles Times, correalizada pela Bloomberg News, revelou que, dentre os jovens com idade entre 18 e 24 anos, apenas 3% acham que "as resenhas dos críticos eram o fator mais importante em seu processo de tomada de decisões sobre filmes".

Para as empresas, o deslocamento de poder dos influenciadores tradicionais significa que muitos contatos estabelecidos podem perder sua antiga força. Hoje, as empresas precisam identificar e engajar as novas vozes da autoridade, muitas das quais - como a blogueira Sarah Lewitinn - surgirão de lugares inesperados. Uma boa maneira para começar a identificar essas novas vozes da autoridade é passar tempo com clientes da Geração Internet e catalogar as novas fontes de informação e os "especialistas" em que eles confiam".

*
"A Hora da Geração Digital"
Autor: Don Tapscott
Editora: Agir
Páginas: 544

Fonte: Portal Folha