Lincoln se apresentando. Estava pensando em escrever alguma coisa para o blog.
Trouxe este texto.
Lembro-me de um parágrafo no livro de Berger & Luckmann que levantou uma primeira observação: a convivência, ou a intersubjetividade, traz possibilidades para a “solução de problemas principalmente por meio da linguagem, quando ligada à comunicação. Usei esse parágrafo como uma base para compreender o fato de que as partilhas, as conversas informais a respeito de assuntos tão simples quanto amizade, sexo e realização profissional são interessantes em razão do fortalecimento das identidades individuais e do maior entendimento da alteridade.
Talvez essas conclusões não sejam inéditas: o amadurecimento pessoal, intrínseco à associação grupal dos indivíduos, está também ligado ao aprimoramento do léxico e às situações comunicativas enquanto fatos de uma vida adulta.
Todavia, acredito que essas idéias seriam uma boa resposta, ao menos inicialmente, para o questionamento: para quê serve um estudo aprofundado em Comunicação? A justificativa vem sincera: porque não se pode alcançar uma maturidade, tanto pessoal quanto social, sem compreender a interação ocasionada no uso da linguagem. De uma forma sucinta, a comunicação é do interesse de todos os que queiram conhecer-se e apresentar-se ao outro, tendo em mente a conquista de relacionamentos que possibilitam a partilha de forma intensa, mesmo na brevidade do silêncio...
Penso que as palavras só nasceram para poderem jogar umas com as outras, que não sabem mesmo fazer outra coisa, e que, ao contrário do que se diz, não existem palavras vazias...
José Saramago
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