quarta-feira, 21 de julho de 2010

Movimentos sociais populares: no balanço da rede

"A Internet é mais comumente vista como um espaço de encontros virtuais, de entretenimento, de pesquisa e como ferramenta de trabalho. No entanto, o ciberespaço se tornou, também, palco para o ativismo e para as lutas sociais em prol de direitos coletivos. Tudo começou em junho de 1999, quando a organização Association pour la Taxation des Transactions pour l’Aide aux Citoyens (Attac) promoveu, em Paris,um encontro internacional para debater alternativas de atuação para movimentos sociais em escala mundial. De lá pra cá, os movimentos sociais populares, mesmo com todas as dificuldades impostas pela exclusão digital, que tem forte relação com a exclusão social, têm se apropriado das mídias digitais e usufruído desse ambiente descentralizado, de alcance global e de custos acessíveis. No bairro Ellery, o site surgiu como uma forma da comunidade continuar a se expressar após o fechamento, pela Anatel, da Rádio Comunitária Mandacarú FM. Os conteúdos priorizam não apenas o extraordinário, mas o cotidiano do bairro e as mobilizações em prol de melhorias. Os moradores são os grandes protagonistas. Dessa forma o site torna-se parte importante no processo de construção de uma auto-imagem positiva, tanto individual, quanto coletivamente. As mobilizações ganham visibilidade e adesão de pessoas de fora do bairro.
Em tempos de ode ao individualismo, são essas experiências importantes que dão conta de que o coletivo ainda move muitas lutas. "

Zoraia Nunes Dutra Ferreira. Graduada em Comunicação Social e mestranda em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará (bolsista Capes-Reuni).

Fonte: Portal O Povo Online

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